17 de abril de 2014

Sessão de fotos: O Wishbone Ash e as Divinas Guitarras Gêmeas


Em 1970, na Inglaterra surgia o Wishbone Ash e com seu disco de estreia autointitulado, esse quarteto fantástico tinha algo de diferente e importante para dizer. Quando olhamos para a história da música da década de 1960 até aquele momento podemos nos lembrar de guitarristas como Jimi Hendrix, Eric Clapton, Tony Iommi, Ritchie Blackmore e mais outros que já haviam deixado suas habilidades registradas em vinil, porém nenhum destes havia feito o que Andy Powell e Ted Turner fizeram juntos, ou seja, o que duas guitarras virtuosas juntas poderiam fazer. Estamos falando de guitarras gêmeas que rifam e solam juntas através de um complexo jogo de notas, acordes que compõem um som flamejante.

Esse é o grande diferencial dos britânicos que se tornou referência para várias bandas de primeira linha que surgiram nas décadas de 1970 e 1980. O som dos caras é uma potente mistura de hard rock, progressivo, folk, blues e jazz cujo amalgama sonoro perambula em várias frentes, ou seja, vai do mais melancólico e reflexivo até o mais pesado, rápido e caótico. Os caras atravessaram a década de 1970 aos trancos e barrancos e foram ao céu ao inferno inúmeras vezes, mas retornaram de todas as experiências, mais criativos fator que jamais os abandonou e a discografia desse período clássico fala sem pestanejar.

Enfim os caras de 1970 a 1980, em sua fase clássica, lançaram nada mais nada menos do que dez álbuns de estúdio e dois álbuns ao vivo. Os clássicos irreparáveis do grupo são Wishbone Ash (1970), Argus (1972) e Wishbone Four (1973), porém em minha opinião existem ainda nesta lista There’s the Rub (1974) e No Smoke Without Fire (1978) ambos não ficam nada devendo aos consagrados, e no caso do ao vivo destaque fica com Live Dates I (1973) que vem com um apanhado do que a banda estava fazendo no seu esplendoroso começo. Cabe lembrar que Ted Turner se mandou em 1974 e para o seu lugar foi recrutado Laurie Wisefield um baita guitarrista que manteve o alto nível do grupo tanto nos álbuns como nos palcos.

A ideia de escolher o Wishbone Ash para essa empreitada imagética é tornar a banda mais interessante e despertar o interesse do leitor para que ele procure conhecer uma banda clássica, que por incrível que parece não recebeu o devido conhecimento e foi muito mal compreendida por causa de ter lançado discos mais ousados e destoavam dos compassos. Para quem ainda está começando e quiser entender porque Iron Maiden (Steve Harris tem como álbum favorito, o clássico, Argus), Judas Priest, Thin Lizzy e mais algumas bandas apresentam duplas de guitarristas que tocam estruturas complexas tem que passar por esta banda que jamais decepcionou em momento algum. 
































































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